Sinop Energia e produtores firmam acordo para solucionar problemas de tráfego
Publicado em 03 de Agosto de 2018 às 18h 44minTravessia realizada por balsas na ponte da Marina ocasionou filas de caminhões e carretas. Após acordo, Concessionária da Usina Hidrelétrica Sinop irá fracionar as obras e garantir a trafegabilidade por rotas alternativas complementares
Na manhã desta sexta-feira, 22 de junho, produtores rurais da região da rodovia MT-220 e a Sinop Energia, Concessionária da Usina Hidrelétrica Sinop, firmaram acordo para minimizar os impactos ocasionados pelas obras de alteamento da ponte da Marina, localizada na rodovia e que liga, entre outros, os municípios de Juara, Tabaporã e Porto dos Gaúchos a Sinop.
As obras iniciaram no último dia 18 para levantar a ponte em 70 centímetros e são necessárias para o enchimento do reservatório da Usina, previsto para iniciar em setembro. Para isso, o trânsito na ponte foi interrompido e a travessia do rio Teles Pires passou a ser feita por duas balsas gratuitas funcionando 24 horas por dia. Porém, devido o período de escoamento da safra na região, formaram-se longas filas de veículos, principalmente caminhões e carretas carregados com grãos e madeira, no sentido da margem esquerda do rio (Tabaporã-Sinop) para a margem direita. Situação que prejudicaria o andamento do agronegócio na região, caso não fossem adotadas medidas mitigatórias.
Então, após dois dias de reuniões de esclarecimentos mútuos com os produtores rurais, com o intuito de buscar soluções efetivas para atender as preocupações explanadas, a Sinop Energia apresentou duas opções que garantem a continuidade do escoamento da safra regional, bem como o cronograma desta obra em vista do início do enchimento do reservatório da Usina.
Conforme explica o presidente da Sinop Energia, Jean Christophe Delvallet, ambas opções foram tecnicamente validadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) de Mato Grosso e pela empreiteira contratada para executar a obra, a Roca Construtora, especializada em alteamento de pontes de grande porte. Conforme o acordo, ficou definido que até o dia 30 de junho será concluída a primeira fase de alteamento da ponte e instalação de rampas nas duas cabeceiras, para que o tráfego pela ponte seja novamente liberado. Então, entre 1º de julho e 08 de agosto, o trânsito será normal pela rodovia MT-220, sendo interrompido novamente no dia 09 de agosto, para a segunda fase e então finalização do alteamento da ponte antes do início de setembro, quando o reservatório começa a ser formado. Até o final da última fase da obra, as duas balsas permanecerão no local para qualquer necessidade.
“Foram apresentadas duas opções viáveis. Os produtores definiram por aquela que lhes pareceu a melhor e terão cerca de 30 dias para escoar a safra. Já iniciamos as medidas paliativas e entendemos que este acordo foi bom para todos. Assim conseguiremos garantir a safra e a obra, cumprindo com nosso compromisso nacional [firmado com a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel – e com o Ministério de Minas e Energia] de iniciar o enchimento do lago em setembro e a geração de energia no final de dezembro deste ano”, comemorou Delvallet, referindo-se ao subsídio que a Concessionária da Usina fará sobre o uso das rotas alternativas complementares.
Ocorre que, enquanto a ponte estiver bloqueada (de 22 a 30 de junho e de 09 até no máximo 31 de agosto), a travessia pela balsa do rio Verde, na MT-222, será gratuita para todos os usuários, seja com veículos pesados ou leves. Ainda, quem estiver com carretas carregadas e precisar passar pela rodovia MT-242, onde tem praça de pedágio entre Ipiranga do Norte e Sorriso, como alternativa para não pegar o fluxo da MT-220, será reembolsado do custo do pedágio pela Sinop Energia, mediante comprovação da origem da carga e do pagamento da tarifa, ao final da obra da ponte. E, como outra medida paliativa, a Concessionária da Usina fará patrolamento e manutenções necessárias para garantir boas condições de trafegabilidade nas rotas alternativas complementares a MT-220 (rodovias MT-010 e 222), durante o período em que a ponte da Marina estiver bloqueada.
O presidente da Associação dos Produtores da Rodovia MT-220/410, Nereu Luiz Volkweis, explicou que as propostas apresentadas pela Sinop Energia foram discutidas entre grande parte dos produtores e proprietários de armazéns da região, porém, que a decisão beneficia outras pessoas que também necessitam da rodovia. “Essa solução será boa também para quem carrega madeira, para quem carrega insumos, para os pequenos produtores, para os assentados [das Glebas II e V] e até mesmo para os próprios motoristas das carretas. Pois não apenas o grande produtor rural estava sendo prejudicado, mas todos que dependem daquela via para seus negócios. Entendemos que a obra da ponte é necessária por conta da Usina, que é um Empreendimento de nível nacional, que vai trazer benefícios para todo o País, por isso chegamos a esse acordo, bom para todos”, salientou Volkweis.
Ilson José Redivo, presidente do Sindicato Rural de Sinop, também ficou satisfeito com o acordo. “Temos certeza que todos vão cumprir com o combinado e nós também faremos nossa parte, sensibilizando outros produtores e motoristas, outros usuários da rodovia. Precisamos ter paciência, tanto a safra quanto a obra é necessária. Temos que ter paciência, pois logo tudo volta ao normal”.
Para mais informações, a Sinop Energia disponibiliza uma linha gratuita de telefone, o 0800-642-5009 e o Centro de Atendimento, na Avenida das Sibipirunas, 3662, Centro de Sinop, que funcionam de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 ao meio dia e das 13h30 às 18h.
Assessoria de Imprensa